Dizem por aí que nada se cria, nada se perde, tudo se transforma. Eu às vezes crio caso, perco a paciência e me transformo em um monstro de garras afiadas mas mal feitas porque manicure aqui na Gringolândia é coisa de rico. Mas isso só acontece uma vez por mês, que fique bem claro.
A moda também é a rainha da transformação. Ou reciclagem, já que a palavra está na moda. Claro, tudo para que nós, mortais cheias de hormônios, necessidades e caprichos, compremos roupinhas novas a cada nova estação. Eu sei, eu sei. Mas não tô nem aí!
Mas outro dia estava fazendo compras com minha amiga L. Eu toda serelepe depois de achar o "sweater dress" (vestido suéter) que estava procurando. Sim, o “sweater dress” é o vestido do inverno 2006-2007. Infelizmente toda a mulherada vai usar, o que geralmente me faz abandonar o modelo. Mas é fofo. Então não tô nem aí.
Mas eis que L diz, ao avistar meu fofo vestido: "olha, um maxipull". Sim, lembram? Aquele dos anos 80. Foi transformado em “sweater dress”. Ganhou uns detalhes mimosos e nome moderno, mas no fundo da alma, continua sendo um maxipull (abreviação de maxipullover, lembram?).
E eu, caros amigos, que disse que nunca jamais usaria vestimentas recicladas dos anos 80, comprei não só um, mas dois maxipulls!
Na verdade, na verdade, agora que tenho 30 e sou uma mulher serena e equilibrada, não tô nem aí.
Mas, cá entre nós, maxipull é triste mesmo, né????!!!!! E viva a Cindy Lauper!

(Essa é a filha do Mick Jagger, Lizzie, modelando maxipull da Marks and Spencer!)